segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Cristo não Está Dividido

Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como Lhe aprouve. Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós. I Cor. 12:18 e 21.

O fato de os homens não serem da mesma índole de caráter, não constitui uma razão para se apartarem um do outro. Se somos filhos do Rei celestial, não seremos tão divergentes que dificultemos o caminho uns dos outros.
É por ordem do Senhor que Seus servos têm dons diferentes. É por Sua determinação que homens de mentalidade diferente são trazidos  à  igreja,  para  serem  Seus  cooperadores.  Temos  de  lidar  com  muitos  espíritos  diferentes,  e  são  necessários  diversos dons.  Os  servos  de  Deus  devem  trabalhar  em  perfeita  harmonia.  Dou  graças  ao  Senhor  por  não  sermos  todos  exatamente iguais,  embora  todos  devamos  ter  o  mesmo  espírito  -  o  espírito  que  habitava  em  Cristo.  O  apóstolo  João  não  era  igual  ao apóstolo Pedro. Cada um deles devia subjugar suas peculiaridades e abrandar seu temperamento, para que pudessem ajudar um ao outro, mediante a crença na verdade e a santificação por seu intermédio.
É a justiça de Cristo que vai adiante de nós. É o Seu caráter que devemos imitar. E que sucederá então? - A glória do Senhor será a nossa retaguarda. Nosso Líder vai à nossa frente, e, quando O seguimos, Ele nos comunica Sua justiça, a qual é revelada em  nossa  vida  por  uma  existência  bem  ordenada  e  uma  conversação  piedosa.  É  a  fé  e  as  obras  que  nos  torna  cristãos, preparando-nos para nos sentarmos nos lugares celestiais junto com Cristo.
Cristo  está  dividido?  -  Não.  O  Cristo  que  habita  na  alma  não  contenderá  com  o  Cristo  noutra  alma.  Precisamos  aprender  a suportar  as  peculiaridades  dos  que  nos  rodeiam.  Se  nossa  vontade  está  sob  o  controle  da  vontade  de  Cristo,  como  podemos estar  em  desavença  com  nossos  irmãos?  Se  estamos  em  desavença,  podemos  saber  que  é  porque  o  próprio  eu  precisa  ser crucificado. Aquele a quem Cristo liberta realmente é livre. Não somos perfeitos em Cristo se não nos amamos uns aos outros como Cristo  nos amou.  Quando fazemos isso, segundo o mandamento que nos foi dado por Cristo,  evidenciamos que  somos perfeitos nEle.
Devemos ter a fé predita pelos profetas e pregada pelos apóstolos - a fé que atua pelo amor e purifica a alma.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Postura adventista em tempo de eleição

Começou tudo de novo. A cada dois anos o Brasil passa por uma nova eleição para renovar ou reeleger vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e presidente.

Não há como simplesmente ignorar todo este movimento. Membros e líderes da igreja perguntam sobre qual seria a posição da igreja sobre politica. Escritores ligados à denominação tem se pronunciado e com muita propriedade sobre o assunto. Um destaque pode ser dado para os artigos de autoria dos responsáveis pelo departamento de Liberdade Religiosa da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Mas digno de nota é que o Manual da Igreja não normatiza o procedimento nestas questões. Ele apenas declara que nossos púlpitos devem ser usados apenas para pregar o evangelho e que oradores sem este objetivo não devem ocupar este horário de proclamação da Palavra. O mesmo Manual faz uma exceção para momentos especiais quando autoridades e oficiais do governo são autorizados a falar em nossas igrejas sobre assuntos de interesse e relevância. (Manual da Igreja, edição de 2010, páginas 36, 120 a 123)

Desta forma são necessárias orientações praticas que nortearão nossa postura diante das eleições sejam elas majoritárias ou proporcionais.  Com o intuito de ajudar lideres e membros; algumas recomendações podem ser assim expressas:

  1. Ter sempre em mente que a Igreja Adventista do Sétimo Dia é neutra em relação a partidos políticos.
    A Igreja Adventista evita envolver seus membros em questões ligadas à política e não apoia qualquer partido político em particular.
  2. Alguns membros da igreja têm se envolvido em política, e essa é uma decisão pessoal. Devido à rivalidade que frequentemente existe entre partidos políticos, é preferível que os cristãos, que se candidatam a cargos públicos, sempre o façam de modo independente (da igreja).
  3. Seria recomendável que no período da campanha eleitoral os candidatos adventistas que porventura tenham cargos em igreja afastam-se deles. Após as eleições a igreja pode ou não reconduzi-los ao cargo ou cargos. Isto evitaria qualquer mal entendido ou possível tentativa de favorecimento ilícito.
  4. Vale ressaltar também que embora seja apartidária, a igreja não é neutra em questões morais.
    Os valores cristãos devem ser partilhados, promovidos e protegidos. Quando um programa político está em oposição aos valores cristãos, como justiça, temperança, liberdade e separação entre igreja e estado, o cidadão adventista tem que acompanhar sua tarefa de acordo com suas crenças e consciência. Recusar votar não é uma forma eficaz de contribuir para uma sociedade melhor. Algumas leis e programas políticos podem ter resultados muito negativos. Portanto votar pode ser um bom exercício de cidadania. O conselho de Ellen White deveria ser seguido: “Em nossa terra favorecida, todo eleitor tem de certo modo voz em decidir que espécie de leis hão de reger a nação. Não deviam sua influência e voto ser postos do lado da temperança e da virtude?” (Obreiros Evangélicos, p. 387).
  5. Pedir votos ou discutir assuntos afins não é permitido em qualquer reunião regular da igreja. Isto se estende aos modernos meios de comunicação como paginas de internet, redes sociais e outras desde que sejam de responsabilidade de igrejas e instituições adventistas. Candidatos são livres para pedir o voto de membros da igreja em qualquer outro lugar desde que não nas dependências ou reuniões regulares da igreja.
  6. Candidatos não adventistas visitando nossa igreja podem ser apresentados ou citados como visitantes, mas de forma discreta não se fazendo qualquer pedido de votos ao candidato. Eles não podem fazer uso da palavra nesta ocasião.
  7. Apenas para meditação seria bom compreender que Ellen White tem dois tipos de textos sobre politica aparentemente conflitantes mas que bem considerados em seu contexto nos levam a uma postura equilibrada no assunto.

Em determinados textos ela parece contrariar a politica: Um exemplo está em Mensagens Escolhidas Volume 2 páginas 336-337:

“Irmãos, não vos lembrais de que a nenhum de vós foi imposta pelo Senhor qualquer responsabilidade de publicar suas preferências políticas em nossas publicações, ou de sobre elas falar na congregação, quando o povo se reúne para ouvir a Palavra do Senhor. Não devemos, como um povo, envolver-nos em questões políticas. Todos fariam bem em dar ouvidos à Palavra de Deus: Não vos prendais a um jugo desigual com os incrédulos em luta política, nem vos vinculeis a eles em suas ligações. Não há terreno seguro em que possam estar e trabalhar juntos. O fiel e o infiel não têm terreno neutro em que possam encontrar-se. Aquele que transgride um dos preceitos dos mandamentos de Deus é transgressor de toda a lei. Mantende secreto o vosso voto. Não acheis ser vosso dever insistir com todo o mundo para fazer como fazeis” – Mens. Escolhidas, vol. 2, pág. 336-337.

Por outro lado ela parece apoiar a ideia de participação na politica:

“O propósito de Deus para com os filhos que crescem em nossos lares, é mais amplo, mais profundo, mais elevado, do que o tem compreendido a nossa visão restrita. Aqueles em quem Ele viu fidelidade, têm sido, no passado, chamados dentre as mais humildes posições na vida, a fim de testificarem dEle nos mais elevados lugares do mundo. E muitos jovens de hoje, que crescem como Daniel no seu lar judaico, estudando a Palavra e as obras de Deus, e aprendendo as lições do serviço fiel, ainda se levantarão nas assembleias legislativas, nas cortes de justiça, ou nos palácios reais, como testemunhas do Rei dos reis. Multidões serão chamadas para um ministério mais amplo” – Educação, pág. 262.

Assim, pelo que podemos entender, a grande crítica de Ellen White não era contra a Política, em si, mas contra as corrupções envolvendo as "politicagens" dos partidos.

Em outro texto ela explica a postura de Cristo em uma situação que envolvia questões politicas: “A festa [na casa de Mateus] foi oferecida em honra de Jesus, e Este não hesitou em aceitar a gentileza. Bem sabia que isso daria motivo de escândalo ao partido dos fariseus, comprometendo-O também aos olhos do povo. Nenhuma questão de política, entretanto, podia influenciar-Lhe os movimentos. Para Ele, as distinções exteriores não tinham nenhum valor. O que Lhe falava ao coração era a sede da alma pela água da vida” – O Desejado de Todas as Nações página 274.

O exemplo de Cristo; os escritos inspirados e a experiência cristã nos estimulam a dizer que:

  • a) Devemos evitar qualquer contenda que envolva política, durante os serviços religiosos de nossa Igreja. Quando nos reunimos para adorar a Deus, nada deve desviar o pensamento desse objetivo primário.
  • b) Os membros são livres para se candidatarem e/ou votarem em candidatos, mas devem fazer isso com total consciência de que temos "dupla cidadania": uma celestial e outra terrena, e apenas a celestial vai prevalecer depois que tudo acabar.
  • c) Na escolha de um candidato, deve-se dar grande importância à sua qualificação de caráter. Este candidato deve ser alguém temperante, cristão, honesto e comprometido com a liberdade religiosa, e um amigo dos Adventistas do Sétimo Dia.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Continuando na Graça

Despedida a congregação, muitos dos judeus e estrangeiros piedosos convertidos ao judaísmo seguiram Paulo e Barnabé. Estes conversavam com eles, recomendando-lhes que continuassem na graça de Deus. Atos 13:43

Sim, podemos estar na graça, mas também podemos estar fora dela. A ideia de que uma vez tendo aceitado a Cristo jamais nos perderemos é contrária aos ensinos da Bíblia. "Vocês, que procuram ser justificados pela Lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça", escreveu Paulo aos gálatas (Gl 5:4).

Uma coisa é começar uma corrida, outra bem diferente é completá-la. "Vocês corriam bem. Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade?" (v. 7). Muitos iniciam a jornada rumo ao Céu, mas poucos chegam aos portões da cidade de Deus: "Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram", disse o Senhor (Mt 7:14).

Há muitos anos, uma visão da vida cristã foi dada a uma jovem, Ellen Harmon. Nela, a jovem viu um caminho estreito e ascendente que se tornava cada vez mais íngreme e estreito. Uma grande multidão iniciou a jornada, mas muitos, sobrecarregados com as posses e os cuidados da vida, caíram ao longo do caminho. Alguns desanimaram e desistiram. Mas outros mantiveram o olhar fixo em Jesus e completaram a jornada rumo ao lar celestial (ver Primeiros Escritos, p. 14, 15).

Provavelmente, todo mundo que ler essa descrição conseguirá pensar em alguém que começou, mas desistiu. Talvez um irmão, o cônjuge, um filho ou quem sabe um amigo. Pessoas que desistem e pessoas que completam – o que faz a diferença? Continuar na graça, como Paulo e Barnabé disseram aos recém-conversos da cidade de Antioquia (atual Turquia).

A graça, o dom imerecido de amor e salvação de Deus, nos conduz para um relacionamento íntimo com Ele. Ouvimos, o Espírito fala ao nosso coração, respondemos sim e nos tornamos filhos de Deus, filhos da graça. Agora, para o resto de nossos dias, devemos continuar crescendo nesse relacionamento.

Toda vez que não valorizamos um relacionamento, ele começa a morrer. Toda vez que deixamos de valorizar a graça, começamos a perdê-la. Continuar pode soar como algo maçante, até mesmo chato. Continuar, porém, é a essência da melhor e mais linda experiência da vida: continuar num relacionamento de amor com Alguém mais precioso do que a própria vida, continuar esforçando-se por um nobre objetivo, continuar na integridade, "tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo" (Ellen G. White, Educação, p. 57).

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Pensamento do Dia

"A tua benignidade, SENHOR, chega até aos céus, até às nuvens, a tua fidelidade." (Salmos 36:5).

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Submetia-Se à Autoridade Paterna

E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. Luc. 2:51.

Jesus reivindicava Sua filiação com o Eterno. ... Sua primeira visita ao templo despertara novos impulsos. Todas as obrigações terrenas foram, no momento, perdidas de vista; mas com o conhecimento de Sua missão divina e união com Deus, não resistiu à autoridade de Seus pais. A seu pedido, voltou com eles como filho fiel e obediente, e ajudava-os em sua vida de labor. Ocultou no coração o segredo de sua futura missão, esperando submisso até que começasse o período de Seu ministério público sem publicar ao mundo que era o Messias. Esteve submisso ao controle dos pais terrestres por dezoito anos depois de saber que era o Filho de Deus, e viveu a vida simples, comum de um galileu, trabalhando no ofício de carpinteiro. ... Por trinta anos esteve sujeito ao domínio paterno. ...
É comum, mesmo às crianças de pais cristãos, não tendo mais de doze anos, sentirem que devem ter permissão de seguir seus próprios desejos. E os pais estão prontos a se deixarem levar pelos filhos, em vez de os levarem eles próprios. Por isso
muitas crianças crescem com hábitos de egoísmo e preguiça. São vãs, orgulhosas e obstinadas. The Youth's Instructor, setembro de 1873.
Quando consideramos Sua paciente abnegação, a maneira como Se esquivava a toda notoriedade, dedicando-Se ao trabalho diário em uma atmosfera humilde, quão belo o aspecto que se nos apresenta Sua existência! Como nos é indicado claramente o caminho por onde deviam andar os jovens e as crianças! ... Jesus não era menos o Filho de Deus em Seu lar modesto, na submissão que tinha para com Seus pais, do que quando Deus falou do trono eterno, dizendo: "Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo." Mat. 3:17. The Youth's Instructor, 14 de julho de 1892.
A vida de Jesus assegura para sempre uma bênção sobre a vida de alegre submissão ao domínio paterno e a uma existência de atividade física e mental. The Youth's Instructor, setembro de 1873.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Tempo Para Pensar em Deus

Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na Terra. Sal. 46:10.

Os cristãos devem cultivar o amor à meditação, e nutrir o espírito de devoção. Muitos parecem lamentar os momentos empregados em meditação, na pesquisa das Escrituras e na oração, como se o tempo assim empregado fosse perdido. Desejaria que todos pudessem ver essas coisas sob o aspecto porque Deus quereria que as vissem; pois então dariam ao reino do Céu lugar de suprema importância. Manter o coração no Céu lhes robustecerá todas as graças, comunicará vida a todos os seus deveres. O disciplinar a mente em demorar nas coisas celestiais dará vida e ardor a todos os seus empreendimentos. – Review and Herald, 29 de março de 1870.

Todo aquele que desejar ser participante da natureza divina, considere que ele precisa escapar à corrupção que há no mundo por causa da concupiscência. Importa haver constante e veemente luta da alma contra as más imaginações do espírito. Precisa haver firme resistência à tentação para pecar por pensamento e ação. A mente precisa ser salvaguardada de toda mancha, pela fé nAquele que é capaz de guardá-los de cair. Devemos meditar sobre as Escrituras, pensando sobriamente, sinceramente nas coisas que dizem respeito a nossa salvação eterna. A infinita misericórdia e amor de Jesus, o sacrifício feito em nosso favor, exigem a mais séria e solene reflexão. Devemos demorar o pensamento no caráter de nosso querido Redentor e Intercessor. Buscar compreender o sentido do plano da salvação. Meditar na missão dAquele que veio salvar Seu povo de seus pecados. Considerando constantemente os assuntos celestes, nossa fé e amor se tornarão mais vigorosos. Nossas orações serão cada vez mais aceitáveis a Deus, porquanto se acharão mais e mais impregnadas de fé e amor. Serão mais inteligentes e fervorosas. – Review and Herald, 12 de junho de 1888.

Quando a mente se achar assim cheia... o crente em Cristo estará apto a tirar boas coisas do tesouro do coração. – The Youth's Instructor, 7 de junho de 1894.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Vamos orar juntos?

Senhor, ajuda-me a ser uma pessoa que perdoa.
Mostra-me em que áreas não tenho agido desse modo.
Revela os recônditos de minha alma para que eu não fique preso ao rancor
nem prejudique meu futuro.
Que eu possa compreender a profundidade do perdão que recebi de Ti e não
deixar de concedê-lo a outros.
Ajuda-me a perdoar a mim mesmo pelas vezes em que falhei.
Capacita-me a amar meus inimigos conforme ordenaste em Tua Palavra.
Ensina-me a abençoar os que me amaldiçoam e me perseguem.
Torna-me uma pessoa que perdoa prontamente.
Amém!

Quem sou eu